Moran levantou o perfil de alguns profissionais da educação e verificou que na educação há:
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
Além destes diferentes perfis profissionais na educação, o autor ainda cita as condições precárias de trabalho e remuneração, que tornam o trabalho menos efetivo e comenta que uma boa gestão institucional pode provocar mudanças nesse quadro educacional, direcionando o trabalho e aproveitando os profissionais de diferentes perfis para que as mudanças ocorram de forma mais rápida re eficaz.